Crônicas de Nova York: E o tal do mundo não se acabou– As interações sociais depois da vacina

Larissa Rinaldi
3 min readAug 17, 2021

Desde março de 2020 que nós, seres humanos complexos e complexados, tivemos que nos acostumar com muitas coisas, uma delas, a ter menos interações sociais ao vivo.

Eu, por exemplo, só fui em dois eventos de networking ao vivo (desde que tudo isso começou) e posso afirmar com todas as letras que não estou preparada para interagir com outros seres humanos sem poder diminuir o volume da voz da pessoa, por exemplo.

Os eventos eram muito diferentes entre si, o primeiro, uma festa de 4 de julho promovida por uma estadunidense e seus amigos do mundo todo; a segunda uma reunião de brasileiras.

As duas situações foram esquisitas em suas próprias maneiras. Sair de casa para encontrar com um monte de gente me deixou mais ansiosa do que o normal e a auto sabotagem correu solta. Bebi mais do que gostaria nos dois eventos, cheguei atrasada, saí mais cedo, falei alto e coloquei assuntos polêmicos na mesa.

Eu, que já tinha fobia social, depois de ficar tanto tempo na minha bolha, não sei mais conversar com gente. Isso é ruim, claro, como diria Vinicius de Moraes: é impossível ser feliz sozinha.

Mas eu sou meio Poliana e não posso deixar de notar que as relações que não sobreviveram ao furacão Larinha pós apocalíptico eram relações que não deveriam ter começado pra começo de conversa.

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Larissa Rinaldi

Autora e palestrante carioca morando em Nova York. Autoconhecimento com leveza e acolhimento na construção da autoconfiança no exterior.